Pensar os limites do ser humano é assustador. Contextos desmentem elos afetivos, cerceam inspirações e castram aspirações. O sujeito sente-se carta fora do baralho, peixe fora d’água, jogo vencido.
As mesmas revistas de decoração não provocam bem estar, o mesmo sofá não lhe parece tão confortável, a mesma canção do rádio não lhe rouba o suspiro e a comédia romântica do cinema não lhe faz rir e depois, a um passe de mágica, chorar pelas palavras ditas pelo mocinho. Contradições, antíteses da vida vivida.
Fica sem sentido, lutar, fica difícil, procurar, fica dolorido, sentir e apavorante, acreditar. E aí, como sair dessa?
Além do que, o tempo é cada vez mais escasso para dar a volta, contornar situações, buscar memórias para satisfazer o ego. Nem Freud dá conta. O sujeito daria?
É o cotidiano vencendo a si mesmo, atrevidamente. É o coração contorcendo em si mesmo, duramente.
O sujeito tem vontade de escrever ilusões, desmistificar verdades, construir sonhos e assim sobreviver no paradoxo da alma que geme abafada pela cronologia temporal. Contra senso, disparate.
É assim a frustração humana! A privação da satisfação de um desejo interno contido.
Sônia Lima Naves, em 05/07/2012
3 comentários:
Voltastes? sim, num contexto alto do fenótipo alusivo das frustações. Bom reiniciar, provocar, buscar o fio.
Pausei e voltei, com força total sem mais suportar o sal... Beijão
Sônia esse texto ficou ótimo. Eu já havia comentado no gotas. Olha, coloquei aqui para segui-la novamente já que troquei de blog. Será que através disso vc consegue seguir o meu? não sei como começar a ter seguidores. Beijo,Lu
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