quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

À esmo eu te protegi...

Quando
declamei os meus poemas,
inutilmente,
eu pedia socorro.
Quando
construi minhas metáforas,
insanamente,
eu isentava o mundo
de sua culpa.
Quando
cantei as minhas rimas,
solitariamente,
eu gritava.
Em vão,
eu me calei.
Em vão,
eu me escondi.
Em vão,
eu me perdi.
Nos versos paralelos,
que eu mesma edifiquei
e
na trilha das palavras,
que eu mesma escrevi.
À esmo,
eu te protegi.

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